27/05/10

Evitando o excesso de Colesterol (I)

O colesterol é uma substância orgânica de origem animal, pertencente ao grupo dos esteróis, encontrando-se sob dois aspectos químicos: de forma livre, na bílis, cérebro, eritrócitos e plasma, e de forma esterificada (em pequenas quantidades), no plasma. O colesterol pode ter duas origens: exógeno e endógeno, ou seja, ingerimo-lo através da alimentação e é fabricado pelo próprio organismo, mediante síntese bioquímica.

O colesterol que procede da alimentação é absorvido no intestino e é eliminado preferencialmente pela bílis. Durante esse período, está presente nos processos que regulam a permeabilidade da membrana celular, intervém na absorção e transporte das gorduras, tem a capacidade de inactivar algumas substâncias tóxicas e é precursor da Vitamina D e de diferentes hormonas, como a aldosterona, corticosterona e as hormonas sexuais. O colesterol é transportado pelo organismo, associado ás proteínas e formando um composto chamado lipoproteínas. Estas classificam-se em função da sua densidade: as lipoproteínas de alta densidade ou HDL (“bom colesterol”) estão encarregues de levar ao fígado o colesterol presente nos tecidos, evitando o seu depósito e a posterior formação de ateromas.

As VLDL, têm muito baixa densidade e transportam o seu conteúdo até os tecidos, onde serão utilizadas. Da sua degradação, nascem as LDL ou lipoproteínas de baixa densidade (“mau colesterol”), cuja função principal é de servir de transporte para o colesterol até o interior das células. São as responsáveis pela formação de placas na parede das artérias (Aterosclerose), sobretudo na aorta, artérias coronárias, renais e cerebrais, provocando a rigidez e estreitamento das artérias.

As consequências para a saúde do excesso de colesterol são demolidoras e afectam diversas funções e órgãos: podem provocar aneurismas, enfarte de miocárdio, embolia, trombose e acidentes cerebrovasculares. Em determinadas patologias, especialmente nas doenças hipocolesterolemizantes (nefroses, diabetes, hipotiroidismo, etc.), as lesões poderão ter um processo mais rápido.



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12/05/10

Tratar ortomoleculamente as Alergias Respiratórias (III)

Recomendações Gerais

No caso de ácaros e baratas:

• Substitua os sofás de tecido pelos de pele
• Retire do seu ambiente todas as almofadas e tapetes
• Desfaça-se dos seus bonecos de peluche ou lave-os, com frequência, à mesma temperatura que a roupa de cama
• Elimine todos os objectos potencialmente acumuladores de pó
• Impeça a acumulação da sujidade, retirando-a diariamente
• Lave a roupa da cama a uma temperatura de 60 graus
• Controle a humidade com desumidificadores e outros meios, já que aquela é propícia à sua propagação.
• Utilize cobertas anti-ácaros nos colchões e almofadas
• Limpe com panos húmidos, os móveis e outros objectos susceptíveis de acumular pó.
• Ventile as habitações diariamente e, pelo menos, durante 3 a 5 horas.
No caso de pólen:

• Evite as actividades ao ar livre, na época da polinização, sobretudo, a primeira hora da manhã e a última hora da tarde, já que são os momentos de maior perigo para uma que tenha sensibilidade ao pólen
• Utilize ar condicionado com filtros e purificadores do ar

No caso de fungos:

• As recomendações são semelhantes às acima referidas, sendo também necessário diminuir a humidade
• Aumente a ventilação das zonas mais expostas como a cozinha e a casa de banho
• Evite as plantas de interior
• Saiba que as lâmpadas de raios UV são muito eficazes nos sistemas de ventilação e de água para evitar a proliferação de fungos

Carácter geral:

• Evite permanecer em locais em que se fume, já que o fumo do tabaco aumenta a resposta alérgica
• Não permaneça nas habitações enquanto estas são limpas e não entre nelas até, pelo menos, 2 horas
• Use preferencialmente um aspirador com filtros potentes e de qualidade. Se não os tem, humedeça os panos e as escovas da vassoura ao limpar
• Evite, se possível, as mudanças bruscas de temperatura
• Não se submeta a correntes de ar produzidas por ventiladores ou refrigeradores com água, já que são entradas de alérgenos do exterior
• Os animais com pelos e penas são potencialmente perigosos para pessoas muito sensíveis
• Existem alimentos que podem também provocar alergias respiratórias. As pessoas sensíveis deveriam eliminar da sua alimentação alimentos como o leite, as gorduras animais, as bebidas estimulantes, os óleos de milho ou girassol, alimentos histamino-libertadores (carnes, queijos, fermentados, fiambres, fumados, vinho branco e chocolates), pescados e mariscos (contêm histamina), ovos e mel (contêm pólen).

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06/05/10

Tratar ortomoleculamente as Alergias Respiratórias (II)

Sensibilidade e Reacção Alérgica

Uma reacção alérgica não é mais do que uma resposta de reacção, normalmente fulminante e imediata, do organismo face à presença de qualquer substância que considere perigosa. Por isso se diz que é alergénica. Trata-se de uma reacção que tem lugar mediante a produção massiva de um tipo de anticorpos do sistema imune - as imunoglobulinas E (IgE), parte das quais se unem aos basófilos do sangue e aos mastócitos dos tecidos. A pessoa fica sensível a partir desse momento e, dessa forma, quando se produz um segundo contacto com o mesmo alérgeno, o corpo reage de maneira fulminante, provocando uma reacção em cadeia e levando à libertação, no espaço extracelular, de minas vasoactivas, como a histamina, que provoca a inflamação dos tecidos, aumenta a permeabilidade vascular, a contracção da musculatura lisa e a secreção do muco. Estes são os sintomas da reacção alérgica respiratória.
Num primeiro momento, encontramo-nos com substâncias preparadas e armazenadas nos mastocitos, como a histamina, cuja acção é imediata. A segunda reacção surge algumas horas depois e levam-na a cabo derivados do ácido araquidónico, como os leucotrienos e as prostaglandinas tipo PGD2 (potentes activadores da inflamação que exercem a sua actividade, inclusivamente a baixa contracção), assim como os derivados da fosfatidilcolina, conhecidos como os Factor Activador das Plaquetas (PAF), que são substâncias também muito activas e com uma multitude de funções, tanto directas, como indirectas e que provocam, igualmente, a libertação da histamina.

Desta forma, intervêm os eosinófilos, um tipo de glóbulos brancos que estão também presentes nas reacções de hipersensibilidade imediata, que têm a capacidade de libertar uma enzina, a histaminasa, capaz de suprimir a produção de histamina e, inclusivamente, de activá-la. Além disso, tem, ainda, a capacidade de fagocitar complexos antígeno-anticorpo (sobretudo IgE).
A reacção alérgica por inalação pode dar lugar a alterações diferentes como a rinite alérgica (em que a reacção se localiza a nível nasal), a asma brônquica (através da obstrução dos brônquios), disnea (dificuldade em respirar), sibilâncias (chiar do peito), produção de muco e edematização da mucosa respiratória.

Fonte: Sociedade Espanhola de Nutrição Ortomolecular
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01/05/10

Tratar ortomoleculamente as Alergias Respiratórias (I)

Ainda que as alergias respiratórias se verifiquem durante o ano inteiro, é na Primavera que elas se acentuam, devido à exposição a alguns alérgenos. Iremos analisar o que é uma alergia respiratória, as suas causas, bem como o que se pode fazer para minimizar e/ou resolver esta situação. A palavra “alergia” deriva do grego e significa “reacção anormal ou anómala”. A reacção alérgica respiratória é uma reacção de hipersensibilidade imediata. São várias as substâncias que a podem desencadear, denominadas alérgenos e que são introduzidas no organismo, ao serem inaladas.


Ácaros e baratas

Os ácaros são pequenos parasitas, parecidos com as aranhas, que surgem no pó, acumulando-se em carpetes, tapetes, almofadas, mantas, lençóis, sofás, etc., cujo crescimento aumenta nas épocas de humidade ou em lugares onde a mesma supera os 55%. Por outro lado, alguns hábitos higiénicos vieram, paradoxalmente, agravar a situação. Antes, as almofadas sacudiam-se fora, hoje em dia, são aspiradas, o que vem acentuar a aerossolização dos mesmos. Além do mais, o uso da calafetação, em muitas casas, faz com que a temperatura seja excessiva e as habitações se convertam em habitats ideais para o aparecimento de baratas. No que diz respeito a estas últimas, os alérgenos surgem tanto nas fezes, como nos seu próprio corpo e é habitual encontrarem-se nos mesmos locais que os ácaros. Embora sejam responsáveis por muitos outros sintomas, costumam provocar inflamação brônquica, rinite e crises agudas de asma.

Pólenes de Plantas

Procedentes da polinização das árvores e plantas, são frequentemente responsáveis pela asma brônquica. Os alergénicos provenientes das árvores são produzidos, sobretudo, no Inverno e no início da Primavera. No caso das gramíneas (milho, aveia, trigo, cevada, centeio, arroz, cana do açúcar, relva, pastos, etc.), o seu período de polinização é mais amplo. De facto, pode chegar aos 10 meses, no entanto, podemos centrá-lo nos meses de Abril, Maio e Junho. São responsáveis pela inflamação da mucosa nasal, conjuntiva e brônquica. Constata-se que são mais agressivas, quando o ambiente está contaminado por hidrocarbonetos procedentes da combustão de petróleo. Daí que, hoje em dia, sejam mais frequentes as alergias nas grandes cidades do que no campo.

Pelos de Animais

Falamos aqui, sobretudo, dos pelos de gatos e cães, embora todos os animais com pelos sejam passíveis de provocar alergias. No caso do gato, o principal alérgeno reconhecido é uma glicoproteína chamada Fel d1, responsável por 80% das reacções alérgicas a gatos, ainda que não se possam desconsiderar outras fontes, como as pulgas dos gatos, que podem também actuar como alérgenos. Outro dado interessante é o tamanho do alérgeno que, no caso do gato, é muito pequeno (menor que os ácaros), o que lhe permite estar mais tempo suspenso no ar.

Fungos

Estes são alérgenos aéreos, ou seja, encontram-se presentes no ar e, por isso, a sua permanência no ambiente é muito prolongada. Podem vir do exterior ou aparecer no interior das habitações. No exterior, estão presentes na vegetação e na decomposição do solo. No interior das casas, a sua presença dependerá da humidade, da falta de ventilação e da ausência de luz.

As alergias são frequentes entre os membros de uma mesma família e nas pessoas “atópicas”. Este termo foi utilizado, pela primeira vez, por Coca, em 1923, referindo-se às pessoas que demonstram uma sensibilidade anómala em relação a certas substâncias que, para a restante população, são inócuas. Porém, as pessoas que não apresentam atopia, podem, mesmo assim, desenvolver hipersensibilidade.

Fonte: Sociedade Espanhola de Nutrição Ortomolecular

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